e a Identidade Brasileira na Moda
os novos tecidos sintéticos significavam que os estilos da moda podiam ser comprados a qualquer preço.
Antes de mais nada, a moda dos anos 70 trouxe uma explosão de cores e padrões ousados. A roupa feminina transitava entre um estilo mais casual de dia e glamuroso à noite, remontando em parte aos anos 40.
Essa década começou com uma continuação do estilo hippie do final dos anos 60. Assim, a princípio era dada uma ênfase em materiais feitos a mão, mas a influência das lojas de boutique e linhas de difusão tornaram as roupas prontas para vestir cada vez mais acessíveis.
Alguns dos nomes mais importantes da moda in Brazil
Alguns dos nomes mais importantes da moda do período eram, por exemplo, os de Yves Saint Laurent, Diane von Fürstenberg e Halston. No Brasil, se destacavam Dener Pamplona de Abreu, Clodovil Hernandez, Guilherme Guimarães e Zuzu Angel.
40% of homes already had a television!
In addition, in this decade, Rede Globo consolidated itself on the national scene. So 40% of homes already had a television! According to data cited by Edgard Luiz de Barros, this achievement made Brazil one of the most dynamic TV markets in the so-called third world.
This new environment helped a lot to stimulate the Brazilian fashion market in the 60s, which was increasingly gaining importance and projection.
O momento em que começa realmente a criação do vestuário nacional
Desde então, também começou uma maior profissionalização da moda. Por exemplo, as butiques se firmaram e criaram suas próprias confecções.
Para Joffily, é nesse momento que começa de fato a criação de roupas nacionais
O biquíni se tornou a escolha preferida das mulheres
Em 1972 a Rhodia promoveu o “Brazilian Nature”, evento onde os mais famosos pintores do país estamparam tecidos que depois foram trabalhados por costureiros igualmente conhecidos.
Nesse processo de surgimento de criações verdadeiramente nacionais esteve, por exemplo, a tanga. Nascida no Rio de Janeiro em 1974, a peça logo foi exportada para outros países. Desde então, ela fez tanto sucesso que continua a ser uma das favoritas das mulheres ao redor do mundo.
Nesse meio tempo, o bíquini se fortalecia como a escolha da preferência das mulheres. Além disso, as calças jeans, especialmente o modelo “boca de sino”, caíam de vez no gosto popular.
A pioneira em retratar o instinto da nacionalidade em suas criações
Segundo Joffily, a estilista mineira Zuzu Angel foi a precursora em retratar o instinto de nacionalidade em suas criações nos anos 70. Além disso, ela também foi a primeira criadora de roupas brasileiras a vender a sua produção nos Estados Unidos, em Nova York.
Acima de tudo, os seus modelos se encontravam em um meio-termo entre a alta-costura e o prêt-à-porter. Afinal, Zuzu Angel costumava dizer que sua moda era para mulheres que em nada lembravam as magérrimas manequins.
o primeiro desfile de denúncia da história da moda, realizado em Nova York.
À época, Zuzu foi pioneira em criar uma coleção inspirada em uma temática nacional. Dentre os elementos que incorporou estavam, por exemplo, Baianas, Lampiões e Marias Bonitas. Além disso, as suas criações traziam motivos de anjos que simbolizavam o seu filho Stuart Angel, uma das vítimas da Ditadura Militar.
Nesse interím, usando a moda para denunciar o que aconteceu com o seu filho, a estilista organizou o primeiro desfile-denúncia da história da moda, realizado em Nova York.
é digital influencer e empreendedora.
Denise Pitta é digital influencer e empreendedora. Uma das primeiras blogueiras de moda do país, é idealizadora do Fashion Bubbles, e também CEO do portal que já recebeu mais de 110 milhões de visitas.
Estilista, formada em Moda e Artes Plásticas, atuou em diversas confecções e teve marca própria de lingeries, a Lility. Começou o blog em Janeiro de 2006 e atualmente desenvolve pesquisas de Moda Simbólica, História e Identidade Brasileira na Moda e Inovação. Além de prestar consultoria em novos negócios para Internet.
É apaixonada por filosofia, física quântica, psicanálise e política.